Cinema brasileiro: O público gosta, a imprensa gosta, a crítica gosta, o mundo gosta
25/05/21
Esta semana o SIAESP lança a campanha O público gosta, a imprensa gosta, a crítica gosta, o mundo gosta para falar do cinema brasileiro. Antes da pandemia, a indústria audiovisual tinha uma participação expressiva na economia brasileira, superando a indústria de papel e celulose, a farmacêutica e a têxtil. Representa 0,46% do PIB Brasil, o que significa uma cifra de R$ 24,5 bilhões. Na cidade de São Paulo, essa fatia é bem maior, e o setor representa 11% do seu PIB.
“Os números do setor são importantes para defendermos os nossos pleitos, é importante que a sociedade saiba o volume de dinheiro que movimentamos no país com a nossa atividade, e a quantidade de empregos gerados direta e indiretamente, mas números são frios, eles não comovem e o nosso audiovisual é muito maior que isso, é emoção, é humor, é suspense, é pura sensação”, comenta Simoni de Mendonça, presidente do sindicato. “Pudemos ver isso neste período de pandemia, em que as nossas séries e os nossos longas serviram como válvula de escape para as pessoas e, para muitas delas, a única companhia neste período triste. É comum vermos no ranking das plataformas VOD, as produções nacionais entre os dez filmes mais assistidos. O que isso significa? Sucesso!”, complementa.
O SIAESP esteve envolvido nas principais conquistas do cinema brasileiro nos últimos 60 anos, completos em 2021. Nos últimos 20 anos este papel foi ainda mais presente nas grandes mudanças que ocorreram, em especial a criação da ANCINE, divisor de águas na história do setor.
A instalação da Ancine permitiu a criação de políticas públicas de longa duração, mesmo com as mudanças de governo. Isso permitiu novas conquistas para o setor, com ações que resultaram na aprovação da Lei 12.485, regulamentando a presença da produção nacional e independente na TV por assinatura; a garantia de editais junto à Secretaria de Estado da Cultura; a criação da Spcine; expansão do FSA entre muitas outras.
Percebendo a ausência do audiovisual brasileiro no mercado internacional, o SIAESP criou, em 2006, o Programa Cinema do Brasil, e com ele mudou a história da presença da produção nacional no mercado internacional. O Programa Foi criado para apoiar as coproduções internacionais, a promoção internacional, a presença em festivais e ações comerciais em diversos países. “Antes do Cinema do Brasil poucos filmes brasileiros iam para os festivais”, declara André Sturm, ex-presidente do SIAESP e fundador do Cinema do Brasil. “Quando criamos o Programa conseguimos levar 4 filmes – e isso se deveu pela criação da ANCINE, em 2001, que possibilitou a produção desses filmes. Em 2020, na Berlinale – o último festival antes da pandemia – eram 19 os filmes brasileiros selecionados. Somente Alemanha e França tinham mais títulos na seleção oficial”, finaliza Sturm.
Isso sem falar dos muitos prêmios e indicações que o cinema nacional vem recebendo durante este período.
Mesmo enfrentando adversários poderosos nos últimos dois anos, o audiovisual brasileiro dá mostras de sua força e diversidade.
Aproveitamos aproveita os 60 anos de sua fundação e os 20 anos da criação da Ancine para celebrar o cinema brasileiro!
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Produção colaborativa: SIAESP, Ribas Filmes e Jamute
Agradecimentos especiais: Biônica Filmes; Gullane; HB Filmes; Morena Filmes; Netflix; O2 Filmes; Paris Filmes; TV Pinguim; Zazem